Antes de entrar no mérito do post, vamos relembrar que o Reino Unido é um país único no mundo, pois é formado por quatro países diferentes (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte) ligados entre si por uma união política, econômica e social.
Cada um dos países integrantes do Reino Unido tem a sua própria capital, são elas Londres, Edimburgo, Cardiff e Belfast, e cada capital tem seu próprio governo, que é chamado de ‘Governo Devolvido’. Tais governos são livres pra decidir absolutamente tudo nas esferas de educação, saúde, cultura e políticas pública locais.
Os detalhes da devolução variam de país pra país, mas vale dizer que a Escócia possui a maior liberdade de todos, colocando Edimburgo em uma posição mais próxima de Londres.
Porém, no âmbito internacional, principalmente fora da União Européia, a capital é Londres.
Pelo fato de as outras três capitais não terem poder sobre a economia, o orçamento anual de cada país vem do governo central, que fica em Londres. Isso, somado com o fato de que Londres é vista pelo mundo todo como a única capital e a maioria dos investimentos no país acontecem por lá, é de se esperar que as outras cidades não sejam tão desenvolvidas.
E foi pra lutar contra esse conceito de ‘tudo em Londres e para Londres‘ que a ideia de Core Cities nasceu.

O projeto nasceu na cidade de Manchester, maior centro urbano do Norte da Inglaterra, onde até meados dos anos 80, gozava de pouquíssimo investimento. A ideia é mostrar pro mundo – e pro governo central em Londres – que existem diversas outras cidades no Reino Unido e que elas são tão importantes, criativas e interessantes quanto Londres.
Baseados em população, número de empresas, acesso a universidades, e contribuição econômica as Principais Cidades do Reino Unido são: Belfast, Birmingham, Bristol, Cardiff, Glasgow, Leeds, Liverpool, Manchester, Newcastle, Nottingham, e Sheffield.

A maioria dessas cidades fica na Inglaterra, país que representa 85% da população do Reino Unido. Por não ter um governo próprio, cidade inglesa precisa lutar por si mesma no governo central pra atrair investimentos, o que faz a ideia de ter um grupo de Principais Cidades ainda mais atrativo, pois elas podem se ajudar a atrair investimentos que iriam pra Londres, pra outras regiões.
Um exemplo das ações do grupo é a nova sede da BBC, que poderia ter sido construída em Bristol, Cardiff ou Manchester e acabou indo pra Cardiff, o que foi um ganho pra todas as outras, porque não foi Londres.
Pois bem, escrevi tudo isso só pra dizer que estou muito feliz por morar e trabalhar em Bristol, contribuindo todos os dias para que a cidade continue sendo uma das Principais Cidades do Reino Unido.
Hi great reading yoour post
Que texto bacana! Já pensei em vários momentos em tentar uma cidade menor.
Adoro Londres, mas o custo de vida aqui é alto e a qualidade de vida nem sempre é a que se espera.
Tô amadurecendo a ideia para ano que vem, talvez.
Abraço!
Menino, adoro Londres, mas não mudaria pra lá, não. É grande, caótica, poluída demais e pra mim não rola. Sem contar custo de vida alto como voce disse.