Nosso plano original era de ficar duas noites em Mandalay e então seguir viagem pra Bagan, por mais duas noites, mas depois de 10 dias incríveis na Tailândia, nosso expectativa estava muito alta e depois de umas pesquisas na internet, acabamos por mudar nosso plano e ficar só uma noite na cidade.
Pousamos em Mandalay pouco mais de meio-dia e lá pelos 12:30 já tínhamos passado pela imigração e estávamos prontos pra ir pro nosso hotel, no centro de Mandalay. Reservamos um táxi no aeroporto mesmo e com a mesma empresa fechamos nosso pacote Mandalay pra Bagan, pro dia seguinte às 14h, nós dando pouco mais de 24h na cidade e também já fechamos o transfer de Bagan pro aeroporto de Mandalay no nosso último dia.
O caminho do aeroporto pro hotel foi bem diferente de tudo que vimos na Tailândia. Myanmar me pareceu muito mais com a Índia do que com a Tailândia. Sujeira por toda a parte, muito pobreza escancarada na sua cara e uma horrível sensação de impotência diante dessa realidade tão diferente da nossa.
Passei por algo parecido no Marrocos e em partes do Peru, mas Mandalay superou ambos e foi muito desconfortável.
Até encontrarmos um lugar legal pra comer e beber, já eram quase 15h e tínhamos pouco tempo pra conhecer as 3 coisas que circulamos em Mandalay: o Palácio de Mandalay, Mandalay Hill e a Ponte U Bein. Como tudo era muito longe e estava um calor dos infernos, alugamos uma motinha cada e fomos corajosamente desbravar o tráfico maluco de Mandalay, que não perde nada pro tráfico de Bangkok ou Phuket.
Nessa hora meus níveis de ansiedade estavam altíssimos e sofri pra manter a calma e não parar no acostamento e ligar pra mamãe.
Depois de um tempo me senti mais confortável, não fiquei mais ansioso e até aproveitei o percurso até a ponte. Acabamos perdendo uma entrada e tivemos que passar por uma vila que foi, na medida do possível, legal. Legal porque vimos a vida local mesmo, todo mundo dizia ‘hello’ pra gente, mas horrível porque novamente toda aquela pobreza estava escancarada na nossa cara e não podíamos fazer nada.
A ponte em si é bem interessante, é a ponte de madeira tipo ‘teak’ mais longa do mundo, com 1.2km de comprimento, cruzando o lago Amarapura, perto de Mandalay.
Na manhã do dia seguinte, pegamos nossa motinha novamente e fomos conhecer o Mandalay Hill, que ficava ha uns 15min do hotel. O Mandalay Hill é um complexo de pagodas ao longo de uma montanha, cujo topo dá uma vista incrível de Mandalay.
Pra subir, precisamos tirar os sapatos e encarar os 40min de caminhada até lá em cima descalços. Os templos são bem locais e importantes na cultura de Myanmar, por isso acabamos vendo apenas uns 4, 5 turistas. O fato de ter poucos turistas faz com que o povo veja turistas como novidade e fomos parados pra fotos varias vezes. Minha amiga E. é uma holandesa loira alta e foi estrela do passeio, com muita gente pedindo foto com ela, e de tabela, comigo e com C. também.
Mesmo com a E. roubando nossa luz, algumas pessoas pediram foto só comigo e também só com a C.
Tínhamos que voltar pro hotel logo, mas antes tínhamos que devolver a motinha onde alugamos, do outro lado da cidade, o que fizemos com maestria já bem acostumados com o trânsito maluco.
Fechamos nossa visita a Mandalay na traseira de uma caminhonete a caminho da estação de ônibus onde pegamos um ônibus caindo aos pedaços pra Bagan.