Futuro?

Vira e mexe alguém me pergunta quando eu vou voltar para o Brasil, quando eu for “sossegar” em algum lugar, quando vou arranjar um namorado gringo e casar, quando vou parar de “voar” pelo mundo, quando vou comprar um carro, quando vou comprar uma casa, quando vou adotar um cachorro e muitos outros “quandos”.

Já tem gente, inclusive, me perguntando o que eu vou fazer depois que terminar o mestrado, em setembro de 2017!

Perguntas assim vem de amigos, que querem saber quando eu vou voltar “`a realidade”; vem da minha familia, que por se preocuparem comigo querem que eu tenha uma vida mais estável; e vem também da parte racional do meu ser, que está sempre procurando coisas pra se preocupar.

Esse monte de perguntas e porque nao, expectativas, acabam me deixando um ~pouquinho~ mais ansioso do que eu já, por natureza, sou.

Como eu fico quando comeco a pensar nessas perguntas
Como eu fico quando comeco a pensar nessas perguntas

Minha mudanca da Irlanda para o País de Gales tem se provado uma experiencia ainda mais transformadora do que foi a minha mudanca do Brasil para a Irlanda, em 2013.

Quando cheguei a Irlanda, meu objetivos eram a) aprender ingles, b) conseguir um emprego e c) viajar. Aprendi ingles, consegui um emprego parecido com o que eu tinha no Brasil e viajei bastante. Em Cardiff, em contrapartida, estou fazendo um mestrado, cujo approach é totalmente diferente da minha graduacao no Brasil; estou trabalhando de casa pela primeira vez na vida; e estou experimentando o que é ser um nomade digital pela primeira vez – experiencia que estou adorando.

Dito isso, nao faco a menor ideia do que farei quando o mestrado acabar. Posso voltar pro Brasil, posso voltar pra Irlanda, posso conseguir emprego numa empresa, posso me jogar no mundo como nomade digital e tantas outras possibilidades…mas de uma coisa eu tenho certeza: quero trabalhar pouco, ganhar o suficiente pra viver e comer bem e quero viajar o mundo.

O mundo nas maos
O mundo nas maos
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13 comentários sobre “Futuro?

  1. Quando falam em “voltar a relidade”, eu tento segurar, mas sempre rola um rolling eyes, rs. As pessoas pensam que você ta sentado numa nuvem tocando harpa? Acho que preocupação de família é normal, mas tem muito do modelo básico das expectativas brasileiras, né: chegar perto dos 30, arrumar alguem pra casar, financiar uma casa, trocar de carro todo ano, e seguir existindo pela vida. Eu me recuso a existir. Eu de fato encontrei alguém pra dividir a vida, mas seguimos vivendo de aluguel, gastando nosso dinheiro com viagens, colecionando histórias e experiências, buscando a felicidade onde ela estiver. E se a sua estiver aí, ou pulando de galho em galho, ninguém tem nada com isso 🙂

  2. Rick, eu acho que nossos amigos e família acham que estamos viajando de férias, vivendo uma aventura que um dia terá fim. Não que viveremos viajando e curtindo pra sempre, mas acho que pra eles, essa “aventura” tem que acabar um dia, quando vamos settle down. Acho que é normal pra eles, principalmente porque no seu caso, esse modelo de vida (nômade digital) é algo novo, então as pessoas costumam estranhar mesmo. Não se abale, eles estão apenas preocupados com o seu futuro. Aproveite o seu curso, sua experiência em Cardiff e o que tiver de ser, será (voltar à Irlanda, ir pra outro lugar, etc). Beijos.

  3. Oi Rick!
    Te acompanho já faz um tempo, fui para Irlanda me deliciei por 6 meses nessa ilha e já estou de volta ao Brasil…Entendo um pouquinho, bem pouco em vista da sua vasta experiência fora, viagens e aventuras que você tem realizado. Quanto a essas perguntas, don’t worry, você está vivendo sua vida de uma forma incrível e o que você faz hoje, no aqui e agora, vai te levar a tudo isso (casa, carro, amor, dinheiro, trabalho…etc) Continue assim, a vida te apresentará tudo o que seu coração almeja, por que no hoje você está fazendo a tarefa bem feito.
    Sucesso sempre!!!

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