Quando o assunto Holocausto surge em qualquer conversa, Auschwitz é o primeiro campo de concentração a ser mencionado. Afinal, foi lá que quase 2 milhões dos 5.5 milhões de judeus assassinados no Holocausto, encontraram a sua morte.
O que pouca gente sabe é que os horrores que aconteceram em Auschwitz, começaram em Sachsenhausen, o campo de concentração modelo, que fica na cidade de Oranienburg, à 40 minutos de Berlin.
Sachsenhausen foi criado em 1936 e sua finalidade inicial era aprisionar políticos inimigos da então Prússia, reino formado por Alemanha, Dinamarca, Rep. Checa, Polônia, Rússia, Lituânia e Bélgica. Porém, com o avanço do nazismo e o começo da 2ª Guerra Mundial, o que foi idealizado como uma prisão para políticos, tornou-se o campo de concentração modelo para todos os outros que vieram depois.
Devido a localização privilegiada de Oranienburg, Sachsenhausen tornou-se o campo de concentração mais acessível aos militares e o mais propício a testes. Foi lá que as solitárias, muros de massacre, ferramentas de mutilação, experimentos médicos e infelizmente, as câmaras de gás, foram desenvolvidas.

Visitamos Sachsenhausen no quarto e último dia na Alemanha e foi uma experiência única. Única, não no sentido belo da expressão, mas no sentido de horror e choque.
O governo alemão, depois da liberação do campo em 1945, decidiu manter os campos de concentração intactos, para lembrar as gerações futuras dos horrores que nunca mais irão se repetir.
E ver Sachsenhausen assim, intacto, faz a visita ser ainda mais real, mais dura.

Além do campo, lá funciona hoje um memorial de vítimas em que é possível ler relatos de prisioneiros que, dias, horas…minutos antes de serem exterminados, expressaram seus sentimentos em poucas palavras e os largaram no chão, na esperança de encontrarem seu destino. São cartas de pai pra filha, de mãe pra filho, de marido pra esposa, de avô pra netos, de tia pra sobrinhos.
Depois da experiência de Anne Frank, eu imaginava que seria difícil ser ainda mais tocado pelo Holocausto, mas Sachsenhausen mostra que não foi só a Anne que morreu. Foram milhões. Milhões que, com exceção aos poucos relatos do memorial, nunca foram ouvidos.
Não quero te ensinar nada de história nesse post e nem te convencer a visitar um campo de concentração, mas se um dia você tiver a oportunidade, o faça. Vai ser depressivo, você pode chorar, se emocionar e porque não, odiar algumas pessoas. Mas assim como o guia do tour nos disse no final, o passado passou, vamos aprender com isso e fazer nossa parte para que isso NUNCA MAIS SE REPITA.
Eu gostei muito do tour que fiz em Sachsenhausen… e apesar de ser deprê e pesado, eu gostaria muito de conhecer Auschwitz também.. gosto muito de história e são raras as oportunidades de vermos a história ali, na nossa frente.
Eu tb quero…mas sem pressa… Sachsenhausen ja foi bem perturbador.
Aos poucos a Alemanha sobe no meu ranking de top 10 “países que quero e preciso conhecer!” kkkk
Tem que ir SIM! É bom demais!