Livin' La Vida…Rick!

Se fossêmos eleger uma expressão que deixasse 90% da população mundial com os nervos fervendo e os outros 10% ao menos com um friozinho na barriga, essa expressão seria o “e se” (em todas as suas variações idiomáticas).

Porque não tem nada mais intrigante nessa vida do que ficar pensando “e se” pra cada atitude que tomamos. Por uma lado é um exercício de tortura psicológica, mas por outro é bom pra ser usado como forma de reflexão.

Perguntas do tipo: “e se eu tivesse feito isso ao invés disso, que resultado eu teria tido?”, “e se eu tivesse faltado aquela aula em que conheci o amor da minha vida?”, “e se eu tivesse ido pela esquerda ao invés de pela direita?“, “e se eu estivesse em tal lugar agora?” e algumas outras nos ajudam a refletir sobre possíveis caminhos que teríamos traçados e o resultado deles serve de métrica pra avaliar o que temos no presente.

Dias atrás a Bia escreveu um post no blog dela que ao terminar de ler me jogou uma frase na cara: e se eu não tivesse vindo pra Sligo?

E aí, o que seria de mim se eu não tivesse me mudado pra cá? Se eu não tivesse aceitado a proposta de emprego na TERCEIRA tentativa da empresa?

Bom, fiz o exercício e possivelmente nesse momento eu estaria no Brasil, pois quando aceitei o emprego aqui eu estava com menos de 300 euros na carteira e havia acabado de perder o emprego no café.

Numa esfera otimista eu até poderia ter conseguido um outro emprego em Dublin, que poderia ter sido um que não fosse na minha área, ou seja, que não me agregaria tanto valor profissional como esse atual agrega.

Quem sabe, depois de mais alguma tempo, eu até poderia ter conseguido um emprego na área por lá também que com certeza influenciaria nas minhas amizades e no meu intercâmbio como um todo.

Esses possíveis caminhos poderiam ter sido bons ou ruins, mas eu nunca vou saber ao certo. De qualquer forma, não poso negar que ter vindo pra Sligo foi um ótimo negócio! Não sei se Dublin teria me proporcionado o que vivi aqui e o que aprendi aqui.

Viva Sligo!