Essa viagem foi bem cansativa, mentalmente e fisicamente falando. Cada cidade que pisamos foi um prato cheio de história, monumentos, museus e coisas pra fazer. E isso cansa, por isso deixamos Malta apenas pra relaxar.
Saímos do hostel às 05h da manhã e fomos direto pro aeroporto de Atenas. Nosso vôo pra Malta foi operado pela Aegean em parceria com a Emirates e ele não tinha opção de check-in online, logo tínhamos que chegar mais cedo pra fazer o check-in no balcão mesmo. O vôo pela Aegean partiu às 08h e durou quase 2h até o aeroporto de Cyprus, onde fez 2h de escala e passou a ser operado pela Emirates.
Voar de Emirates é vida, é amor, é emoção. Tratamento vip, comida boa e filminho na telinha.
Depois de quase 3h de vôo chegamos em Malta às 14h do horário local, pegamos um ônibus no aeroporto, que atrasou horrores porque o motorista estava dormindo no último banco (sim, é sério) e descemos na Baluta Bay, era bem pertinho do hostel.
O Malti Hostel foi o hostel mais legal que já fiquei. A decoração é linda, o staff é atencioso e a localização é ótima, bem no coração de Saint Julian’s, que em Malta é uma cidade, mas em qualquer outro lugar do mundo seria um bairro. Saint Julian’s é o centro jovem de Malta, é lá que ficam os pubs, clubs e bares e é lá que a noite maltesa acontece. Dizem por aí até que Malta é a nova Ibiza.

Malta é um país na proporção de uma cidade média. Tem apenas 413 mil habitantes, sendo 380 mil na ilha de Malta e 33 mil na ilha de Gozo, na ilha de Comino são registrados apenas DOIS residentes oficiais e um hotel.
Tipo, tem mais baurenses do que malteses no mundo.

Mesmo sendo minúscula, Malta tem uma história bem legal. O país já foi dominado por gregos, persas, árabes, turcos, tunísios, romanos, franceses e a última invasão foi inglesa, que durou quase 200 anos (até a Independência, que foi em 1964) e deixou marcado o inglês como idioma oficial.
Por aí a gente lê que em Malta se fala inglês, só que não.
Tudo no país é em inglês, mercado, padaria, propaganda, placas de trânsito, fachadas de loja, jornal e etc (menos a TV, que é em italiano, porque eles consomem tudo de lá). Já as rádios e as informações governamentais são em maltês, idioma nativo da ilha, que é categorizado como “árabe com alfabeto latino”.
O maltês é uma mistura de todos os outros idiomas que já mandaram em Malta. Bom dia é ‘bonju’, obrigado é ‘gratzsi’ e oi é ‘ciao’. Observei os nativos falando entre si e não ouvi ninguém falar inglês, só maltês, em contrapartida fui atendido em inglês em todos os lugares.
No nosso primeiro dia nós conhecemos a Baluta Bay, que é na frente do hostel e é cheia de barquinhas fofos, restaurantes, pubs e ficamos no hostel com os outros hóspedes conversando na salada inglês-italiano-espanhol.
Levantamos cedinho no 2º dia pra ir pra ilha de Comino, visitar a Blue Lagoon. Diz a lenda que foi na Ilha de Comino e Gozo que Calypso prendeu o herói Ulysses por 7 anos!
Pegamos um ônibus em Saint Julian’s que CRUZOU O PAÍS e foi até a ponta máxima da ilha de Malta, em Circkewwa e de lá pegamos um ferry, que custou € 10. Vinte minutos depois nós estávamos lá, na tal Lagoa Azul (que não era na Sessão da Tarde).
Eu nunca vi uma água tão azul e limpa na minha vida! O tempo não estava quente verão, mas estava um sol forte brilhando lá em cima e a água do mediterrâneo estava quentinha, mesmo sendo inverno.
Malta também é conhecida como um bom destino para mergulho e tinha muita gente mergulhando. Resolvi mergulhar também, aluguei um equipamento simples por € 3 e me joguei na água.
Foi uma das experiências mais lindas que tive na vida. Nadar naquela água limpa, transparente e ver os peixinhos e corais abaixo de mim foi sensacional.
Tinha peixe pequeno, colorido, grande, médio e feio. Super parecia que eles estavam bem pertinho de mim, foi muito legal! Vi também rochas subaquáticas, caverninhas, fui de ilha A à ilha B e até resgatei uma latinha de cerveja na água e a joguei no lixo.
Deixamos a Blue Lagoon com uma dor no coração, mas ainda queríamos conhecer a capital, Valetta.
Valetta é a menor capital da Europa e tem quatro ruas principais, uma super estação de ônibus, prédios charmosos e um Palácio de Buckingham. O palácio foi erguido em 1942, como presente ao povo de Malta pela bravura de seus cavaleiros.
Possivelmente você já ouviu falar dos cavaleiros de Malta por aí, eles são confundidos até com os cavaleiros da Távola Redonda!
Voltamos pro hostel cansados, vimos o pôr-do-sol na Baluta Bay e fomos bater perna na noite de Saint Julian’s.
Já a manhã do 3º dia foi só chororô, porque até Malta chorou. Caiu uma chuva super forte, que do hostel ao ponto de ônibus nós nos encharcamos dos pés à cabeça. Chegamos no aeroporto molhadinhos, molhadinhos e eu tive que secar calça, casaco e meias no secador de mãos do banheiro.
Voltamos de Ryanair (miss you Emirates) e deixamos o coração lá em Malta, que eu voltarei pra buscar no próximo verão.
Meeeeeu! Que lugar lindo!
E que mistureba de idiomas, até me perdi.
Tive uma aluna que fez intercâmbio de 1 mês lá e amou. Tem muito intercambista, né?
Ow Malta! Sou louca para ir lá, me leva no verão hahaha! ❤
A gente já congelando e você nadando na Blue Lagoon, que beleza!