Encantos de Veneza

Veneza foi uma das inúmeras cidades italianas fundadas pelos romanos e tem mais de 15 séculos de história. Não sei se procede, mas dizem que desde sua fundação nada foi modificado, apenas restaurado. Todas as casas, ruelas, igrejas, praças e pontes datam de sua fundação, ou seja, pararam no tempo.

Sempre ouvi histórias a respeito de Veneza. Seus canais, gôndulas e de seu carnaval. A cidade quase submersa sempre me encantou e finalmente pude realizar o sonho de pisar lá.

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Me hospedei no hostel Plus Camping Jolly, que não fica em Veneza, mas sim na cidade de Mestre, que é na região e é uma ótima opção pra quem quer fugir da loucura que é a cidade. Além disso o hostel tem piscina, chalés, supermercado e um restaurante bapho. Pra chegar em Veneza é só pegar o ônibus 6 que sai de perto do hostel, pagar a taxa de € 1,30 (ou não) e em 20min você está lá, na bella Venezia.

Minha primeira reação ao ver a cidade foi estranha, já que na meu mundo cor-de-rosa ela não tinha 789 milhoes de turistas disputando o mesmo espaço. Eu a imaginava linda, limpa e quase submersa, não fedida e cheia de gente. Mas tudo bem, superei o cheiro e os turistas e aproveitei.

Uma das dicas que mais recebi foi: se perca em Veneza, é o melhor jeito de conhecer seus segredos. Segui o conselho (mesmo se não tivesse seguido, eu me perderia, porque não tem como não se perder) a risca e me perdi bonito! Fomos adentrando as ruelinhas, virando a esquerda, a direita, seguindo reto e enquanto fazíamos isso, vimos quão linda Veneza é.

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Nos encantamos com os canais, com as gôndulas, com os jardins secretos, com as casinhas que pareciam de boneca, com a infinita variedade de barraquinhas de artesanato, com as obras de arte e igrejas que se encontram no caminho, com o clima sombrio que as vielinhas e passagens nos passam e claro, com as lojas de máscaras!

As lojas de máscara são um show à parte e é impossível não se pegar bobo imaginando como era o antigo carnaval de Veneza. Deveria ser bem trabalhoso se enfeitar para o baile e mais trabalhoso ainda criar uma máscara que refletisse a sua identidade, não é?

Todo esse sentimento é “respirável” em Veneza.

Acabamos nos perdendo tanto que o único jeito de voltar pra saída da cidade foi pegando o vaporetto, que é o transporte público (caro e caótico) de Veneza, que devido aos canais, não tem carros e muito menos ônibus.

Isso mesmo, em Veneza não tem ônibus ou carros, eles devem ficar fora da cidade, na parte que corresponde a cidade de Mestre.

Pagamos € 7 (uma fortuna) pra andar 10min em uma barquinho chacoalhão mais lotado do que metrô paulista em horário de pico. O legal da experiência foi ver de perto como os italianos são realmente espalhafatosos (oi, vó). Eles não hesitam em gritar, xingar, falar alto, berrar o nome do fulano que está no fim da embarcação ou tirrar sarro de alguém.

Falando em italiano, mio italiano macarronico resolveu algumas coisas, mas graças a Deus todos os italianos que conversamos arranhavam ao menos um pouco de inglês.

No 2° dia comi o famoso calzone, que não sei se pelo fato do meu recheio ter sido nada a ver (presunto, queijo e cogumelos) ou dele ter sido requentado no microondas, ele deixou a desejar. Também conhecemos a famosa Basílica de São Marcos e o Palácio de Ducale. A basílica impressiona pela belíssima arquitetura, mas mais uma vez a quantidade insuportável de turistas atrapalhou. Sem contar que a frente dela estava sendo restaurada e tinha mais andaíme que arte. Já o palácio tinha uma fila imensa e um preço bem salgado (€ 16). Foi também no 2° dia que nos perdemos pela segunda vez com o ônibus, mas de informação em informação, chegamos no hostel.

No 3° dia já não tínhamos mais o que ver em Veneza e resolvemos pegar o vaporetto de novo e ir pra Murano, uma cidade ilha a 1km do lado de Veneza que é famosa mundialmente pela sua produção de vidro, que dizem ser a melhor do mundo.

Murano é extremamente parecida com Veneza, mas tem bem menos turistas, o que a torna bem mais agradável de explorar. Outra diferença é que lá, ao invés das máscaras, tem as lojas de vidro! Uma mais linda e cara, que a outra.

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Nosso passeio começou conhecendo uma fábrica de vidro e eu vi ali, bem na minha frente, um bola de fogo vermelha virar um vaso na base do sopro e outra bola se fogo virar um lindo cavalo. Realmente impressionante! Antes de irmos embora entramos no Museu do Vidro de Murano e OMG, que coisa chata! 4 salas com exposição de itens de vidro e só. Nada interativo ou interessante.

Veneza foi uma experiência incrível e um ótimo primeiro contato com a Itália, mas eu mal posso esperar pra contar pra vocês como foi Florença,

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5 comentários sobre “Encantos de Veneza

  1. Não tinha o que fazer no terceiro dia?
    Por favor, estou indo pela décima sexta vez e ainda não conheço a cidade!!!!!
    E olha que nunca me hospedei em Mestre!
    E Veneza não é a terra do calzone, por favor…

  2. Ai, Rick, que demais!

    Lindas fotos! É uma cidade bem diferente por não ter carro e tal, né?

    Eu já tinha ouvido falar do cheiro mas não sabia que tinha tanto turista assim, ainda mais fora de época! E a história do capucinno que você me contou? HAHAHAHA

    Itália! ❤

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