Quem fala que Liverpool respira Beatles está redondamente certo! No último sábado, Bárbara, Bia e eu arrumamos as “malinhas”, carregamos a bateria das câmeras, voamos de Ryanair e passamos um dia sensacional lá, na cidade dos Beatles.
Saímos de Dublin às 7h30 e em 40min estávamos no aeroporto Jonh Lennon, em Liverpool. Ali, já deu pra sentir que a cidade vive em função deles. É no John Lennon Airport que fica a estátua de bronze do John Lennon, presente da Vossa Majestade, a Rainha Vitória – sim, tá escrito isso.
O aeroporto é bem pequeninho e além da estátua também tem um Yellow Submarine e um rinoceronte tigre, bem vibe “Lucy in The Sky”. Não posso deixar de mencionar a sacada G-E-N-I-A-L do slogan do aeroporto: above us only sky.
Em Liverpool existe um ticket de ônibus chamado “Day Tripper” (coincidência?) que você compra por £4 e pode usar quantas vezes quiser os ônibus da cidade naquele dia. É tipo, de Deus! Genial! Você compra ele ali no aeroporto mesmo.
Pegamos o ônibus 500 no aeroporto e fomos direto para o Albert Dock. É no Albert Dock que fica o hotel “Yellow Submarine”, que é literalmente um submarino amarelo no rio e também o museu dos Beatles, o Beatles Story.

O ticket nos custou £12, mas dava direito a três coisas: Beatles Story, Elvis & Us e Fab4D. Pagamos, porque né we were there to do this. O museu é muito bonito, muito bem feito e está recheado de histórias e fatos interessantes sobre a vida de John, Paul, George e Ringo, mas peca em uma única coisa: não é nada interativo. É você, o áudio book e as fotos, cenários, salas e objetos.
Permanecemos no museu por pouco mais de 2h, porque mesmo não sendo tão interativo ele era muito legal e o áudio book era bastante interessante. No fim da nossa visita perguntamos pra uma funcionária onde era o prédio do Elvis e ela nos mostrou no mapinha. Era ali perto, no Albert Dock mesmo.
Estava um tempo feio, cinza e ameaçando cair o mundo, mas graças a Deus não choveu.
Entramos no museu do Elvis sem muitas expectativas, mas nos surpreendemos! Ele era tão ou mais legal do que o dos Beatles. Pena que nele fotos não eram permitidas. Esse museu conta praticamente a ligação dos Beatles com o Rei do Rock. Eu mesmo não sabia que eles veneravam a figura do Elvis Presley e que, acima de tudo, queriam ser como ele.
Uma das coisas que mais me chamou a atenção foram as revistas da época e a richa que a imprensa americana e britânica criaram em cima deles. Coisas do tipo: “Quem ganha? Elvis ou Beatles?”, “America ou Reino Unido: de onde vem o melhor rock n’ roll?”.
No mesmo prédio onde funciona o museu do Elvis funciona a Fab4D, que na verdade é uma sala de cinema que passa um filme 4D sobre os Beatles. Não sou um entusiasta do cinema 3D, mas nunca tinha ido em um 4D. Confesso que não esperava muito quando sentei ali, com aquele óculos chato por cima do meu óculos.
Daí eu conheci o Mike, o protagonista do filme. Ele é funcionário do museu e precisa encontrar a namorada do outro lado de Liverpool em 15min. Em uma pegada bem “Across the Universe”, ele vive vários coisas com músicas dos Beatles no fundo.
O mais legal é que o tal do 4D é interativo – eu não sabia. Tipo, quando a perua do Mike passou na poça d’água voou água na nossa cara! Quando ele caiu do céu ao tocar “Lucy in the Sky” o assento das cadeiras abaixou e quando ele estava no “Yellow Submarine” e um polvo gigante o atacou, uns tentáculos do hell mexeram em meus pés! Foi assim, muito divertido e eu voltei a ser criança. Sem contar a risada da Bárbara que foi um show a parte.
Dali demos por encerrado as “atividades Beatles” no Albert Dock e fomos seguir nosso roteiro. Com nosso abençoado Day Tripper, pegamos o ônibus 76 e fomos até a famosa Penny Lane.
Sim, tiramos a fotinha com a placa – que estava escrito de corretivo “in my ears in my eyes” – e conhecemos também o The Barbers, onde eles cortavam (?) os cabelos. Que, mais genial do que o aeroporto, usa o slogan: above us only hair.

A Penny Lane fica em uma região bem bonita de Liverpool e de lá deu pra ir a pé para o nosso próximo alvo: Mendispi, a casa onde John Lennon cresceu com sua Tia Mimi. A casa fica na Meanlove Road, que é a avenida na esquina da Penny Lane. Pra chegar lá pegamos o ônibus 76 de novo, porque estávamos no número 9 e a casa é o 251.
A casa é parcialmente aberta ao público. Ela até abre, mas você precisa bookar com muita antecedência e não tem visitação todos os dias.
Enfim, estávamos lá. Na casa onde ele cresceu, aprendeu a tocar. Ali, no comecinho de tudo. Foi emocionante e a gente demorou pra processar o feito. Vale ressaltar que só tem casão na tal rua, acredito que deva ter valorizado horrores. Imagine dizer: moro na rua onde John Lennon cresceu. RECALQUE
Fotos tiradas e vamos ao próximo alvo: The Strawberry Fields. O “quintal” onde John Lennon se refugiava quando queria pensar na vida e que o inspirou a criar a música “Strawberry Fields Forever“.
Da Meanlove Road pro Strawberry é muito rápido, é só voltar duas ruas e subir. Já que a rua do Strawberry corta a rua da casa do John. A rua é muito estreita e está em reforma, fazendo com que o trânsito fique um pouco chato. Ouvi dizer que, além do portão vermelho, teria uma guitarra lá, mas não tinha nada. Era só o portão mesmo.
Só nos faltava um lugar pra fechar nosso roteiro, o famoso The Cavern Club. O famoso pub onde eles tocaram como The Beatles pela primeira vez. Pra isso, precisamos pegar um ônibus de novo. Pegamos o 76, mais uma vez e voltamos pro Albert Dock, já que o pub é perto dali.
Seguimos as placas e em menos de 10min de caminhada, estávamos lá, na rua onde tudo começou. O local onde ele fica é tipo o Temple Bar de Liverpool, cheio de pubs, música e gente bêbada. Na mesma rua onde fica o The Cavern Club fica o The Cavern Pub. É no segundo que fica o Wall of Fame e uma estátua de John Lane jovem.
Infelizmente não entramos porque estávamos atrasados pra ir pro aeroporto. Dali fomos direto pra estação de ônibus – que fica em frente ao Albert Dock – e esperamos pelo ônibus 86A.
Pegamos o ônibus às 20:20 e ele chegou no aeroporto às 21:05. Os portões fechavam às 21:25 e nosso vôo saia às 21:55.
Imaginem a correria?
Graças a Deus o aeroporto estava vazio e deu tudo certo. O vôo de volta durou só 25min – menos tempo do que do Albert Dock pro aeroporto.
Assim, terminou nosso dia Beatles em Liverpool. No próximo post eu vou falar um pouquinho mais de Liverpool e das outras coisas que fizemos por lá.
Sim, Liverpool tem mais do que Beatles.
Ahhhhhhhhhh, foi demais mesmo!
Então minha risada tá ficando famosa aqui na Irlanda também? hahaha
Ai nossa, virou meu ídolo! Hahaha Deu muita vontade de ir também! Quem sabe um dia… Beijos
#chateada
Por que eu não senti os tentáculos do polvo no 4D? #intrigada
Pq seu pè nao chegava neles.. HAHAHAHHA
Oxe, mas eu sou pequena e senti os tentáculos! hahaha
Enquanto estava lendo o seu texto, já estava abrindo uma “nova aba” aqui no Google Chrome e comprando minha passagem para Liverpool. Setáloko! Que dia sensacional!