Até onde vocês sabem, eu estou me estabilizando. Trabalhando no café, morando na casa Torre de Babel e começando a construir aquela rotina marota que deixa tudo mais fácil, certo?
Errado.
Tudo virou de ponta cabeça de novo, mas dessa vez foi por um bom motivo.
Antes de começar a trabalhar no café e enquanto ainda estava sem casa, fiz uma entrevista e um teste para uma boa empresa que fica em uma cidadezinha LONGE a alguns kilômetros de Dublin. Tudo foi OK e eu cheguei a receber a tão esperada ligação: “gostamos de você, quando você pode começar?”.
Claro, aceitei na hora! Eu estava sem quarto ainda, sem trabalho e com o dinheiro acabando. Enquanto conversávamos sobre os detalhes, descobri que era um estágio e estágios aqui na Irlanda, não são pagos. Logo, não daria para eu aceitar. A moça chegou a rebater dizendo que por eu ser italiano eu poderia receber o “dole” do governo e pediu para eu ir atrás. Eu fui, mas claro, eu não podia receber. Só depois de contribuir 6 meses com impostos normalmente que eu posso receber algo do governo daqui. Já era esperado.
Nesse meio tempo, apareceu a oportunidade do café, eu comecei a trabalhar e também surgiu a casa. Enfim, eu tinha um quarto fixo e um emprego. Rotina, sua linda! Mesmo já trabalhando no café, a moça da empresa resolveu insistir em mim e começou a questionar um monte de coisas. Em um dos e-mails ela me convidou para ir até a cidade para acertamos mais detalhes. Eu relutei e disse que já estava trabalhando. Ela rebateu NOVAMENTE e insistiu mais uma vez para eu ir, agora me oferecendo um salário suficiente para pagar todas as minhas continhas.
Continuei relutando. Não queria deixar Dublin, meus amigos, minha recém-adquirida residência na Torre de Babel e nem o irish boy. RÁ! Disse não novamente e senti paz no coração em dizer. Afinal, eu estava empregado.

A moça não gostou do meu não, rebateu novamente e fez a última proposta: “gostaria que você viesse até aqui para conversarmos, mas se sua resposta final for não, me diga”.
Dessa vez eu disse sim e marcamos de eu ir para a tal cidade no meu próximo dayoff.
Sei lá, acho que Deus resolveu MOSTRAR QUE TRA**** NÃO É BAGUNÇA se mexer e na última sexta-feira, 12/04, eu fui demitido do café. Nem cheguei a contar aqui, porque né, notícia ruim não é bem vinda e aqui não é Jornal Nacional.
Demitido do café e com uma proposta em mãos. Ainda assim eu estava pensando no que era certo a fazer. Pedi conselho para os mais chegados e comecei a trabalhar a possibilidade da mudança. Por que ficar em Dublin sem trabalho, significa voltar pro Brasil logo logo e voltar pro Brasil significa não morar mais na Torre de Babel e ficar longe do irish boy do mesmo jeito. Ir pra cidadezinha significa trabalhar, ter meu dinheiro, atingir meus objetivos e continuar na Irlanda.
Eu já tinha achado a resposta, agora só precisava que desse tudo certo. Comecei a trabalhar com o pior, pra não sofrer muito caso ela me disesse não quando eu fosse até lá. Afinal, o medo do meu inglês ser um empecilho ainda era grande.
Chegou o grande dia e eu fui. Peguei um ônibus em Dublin às 08h e ao 12h, cheguei em Sligo. Sligo é uma cidadezinha no norte da Irlanda e fica à 207km de Dublin. A viagem levou 4h porque o ônibus não vai direto, é o estilo pinga-pinga que para em várias cidadezinhas ao longo do caminho. Quando cheguei, mandei um sms avisando e em seguida meu celular tocou. Na porta da rodoviária tinha uma carro da empresa me esperando e dentro dele, Laura, a moça dos e-mails, que quando me viu disse: “finalmente te conheci, que prazer”.

Conversamos no caminho e ela foi me mostrando a cidade. Já na empresa, fui apresentado a função e ela me fez pouquíssimas perguntas mais específicas e me perguntou se eu aceitava. Eu disse que sim, ela abriu o sorriso e já marcou de eu começar na próxima semana. Conheci meu novo local de trabalho e a garota irish que vai “duplar” comigo, a Zoey – que estava começando naquele dia. Zoey, além de ser responsável pelas suas funções, vai ter como função me ajudar no inglês. É ou não é lindo?
Depois de tudo acertado, ela me levou para almoçar com meus novos colegas de trabalho. Laura, Michele, Carl, Zoey e eu. Os 3 primeiros são irmãos, filhos dos fundadores da empresa. Almoçamos em um pub muito famoso de Sligo e no fim Laura disse: “nosso almoço foi um excelente começo pra nova fase que estamos entrando”.
Além do almoço e de me mostrar a cidade, Laura foi comigo até um hostel para eu reservar meus primeiros dias em Sligo e ofereceu toda a ajuda do mundo até eu encontrar um lugar fixo. Enquanto vocês lêem esse post, eu estou trabalhando e desbravando a minha nova cidade.
Uma nova fase dentro de uma nova vida.
Obrigado, Irlanda. ❤
E eu acompanhando tudo AO VIVO por whatsapp! haha…
Parabéééééns, Rick! Vc merece!
Manooooooooooooooooooooooooooo!!!
E eu estou super feliz por vc!
Espero nos vermos logo!
Jú!
Chocada! o.O
Enfrentando medos todos os dias por aí, neh Rick?
Mas vc não falou com o que é o trabalho…
ahhh, é numa empresa de alimentos saudáveis.. eu entrei pra dar um reforço em social media e pra ser designer em tempo integral deles, já que eles tem um monte de coisinhas pequenas para fazer no dia-a-dia.
Wow Rick, que bom que está dando tudo certo pra você 😀 boa sorteeee!!! Beijos
Que ótimo! Deus vai trabalhando seu caminho conforme suas escolhas! Ele tem o melhor pra você, é só confiar!
Toda a sorte do mundo!!!
Parabéns, Rick! As coisas estão dando certas! Feliz por você!
Caraca man…que loko isso…ai parece acontecer tudo tão rápido, mudanças e tal, lhe desejo tudo de bom nessa mais nova fase do seu intercambio, e que tudo de mais do que certo pra você, forte abraço Rick
Que demais!! Vai dar tudo certo! vc ja tem um bônus por ser ‘italiano’. Vai com tudo que dará super certo (já está dando!)
Nossa que legal, a sorte está com você e tudo vai se encaminhando!!
Tudo de bom nessa nova e maravilhosa etapa.