O Nitelink é bem similar ao famoso ônibus corujão do Brasil. Ele soma uma, duas ou três linhas e cria uma linha única que abrange essas regiões, assim, ninguém fica sem ônibus pra voltar pra casa. O ticket do Nitelink é um pouco mais caro, custa € 5,70 e só pode ser pago em moeda. O ticket pode ser adquirido também em um dos pontos de vendas Dublin Bus espalhados pela cidade. É caro, mas é mais barato do que voltar de táxi.
As estações do Nitelink são um pouco diferentes e geralmente você não o pega na estação que está habituado. É preciso se deslocar até uma outra. No site e também nos encartes do Nitelink, tem todos os horários e as estações onde se pegam o ônibus.
Por exemplo, eu uso o ônibus 39A para ir para o centro e à escola, já o meu Nitelink é o 39N, que integra os ônibus: 39, 39A, 38 e 37.
Dias atrás, ao sair da escola, comprei 2 tickets da Nitelink para o final de semana – que eu e Felipe íamos para a balada. As baladas aqui são meio diferentes, abrem bem mais cedo e todas fecham – no máximo – às 03h da manhã, mas isso fica para um próximo post.
Deixamos a balada por volta das 02h15 da manhã e como eu já estava com o mapa da estação do Nitelink no celular, começamos a peregrinação.
A estação Nitelink mais próxima da nossa balada, estava a uns 2,5km. Como estávamos seguindo o mapa e não conhecíamos tão bem assim as ruas, pareceu muito mais. Depois de quase 40 minutos de caminhada, enfim chegamos a Saint Peter’s Church, local onde nosso Nitelink passaria.
Esperamos lá por mais uns 20 minutos e enfim, ele apareceu no horizonte. Entregamos o ticket ao motorista e sentamos. O ônibus não estava cheio, mas tinha bastante gente e estava bem barulhento. Alguns dormindo, uma algazarra na parte superior, todos com cara de cansado e com roupa de “balada”.

A referência mais próxima que me veio à cabeça foi o “Nôitibus Andante” do Harry Potter. Digo isso porque, assim como no Nôitibus, no Nitelink ninguém sabe direito para onde está indo. Ninguém sabe ao certo onde vai descer e está todo mundo perdido – alguns estão perdidos por estarem bêbados.
Uns dois rapazes – bem perdidos – nos perguntaram onde estavam e nós não pudemos ajudar. Afinal, também estávamos perdidos. Como o Nitelink “soma” as linhas, ele acaba fazendo um caminho bem diferente do que estamos habituados e o resultado é? Ficar perdido!
Depois de uns 30 minutos de ônibus, passamos em frente a um supermercado conhecido, que fica bem perto de casa e logo descemos. Ainda bem que fizemos isso, pois ele virou uma outra rua adiante e foi pra um caminho totalmente oposto da nossa casa.
Resumindo, o Nitelink é sim uma boa opção para voltar pra casa, mas ainda não sei se compensa o trampo que é andar até a estação e ainda pagar mais caro.